Esta semana, comecei mais um curso do CEPROME (Centro de Investigación y Formación para la Protección del Menor) no âmbito dos abusos na Igreja.
O tema do curso é "Prevenção e Sinodalidade" e as aulas serão dadas por pessoas que participaram do Sínodo sobre a Sinodalidade.
Começamos muito bem com Dom José Vicente Nácher Tatay, presidente da Conferência Episcopal dos Bispos de Honduras.
Como na exposição dele foi dito sobre a importância da transparência, de levar a informação adiante, de não nos calarmos, de todos nos unirmos para ajudar a Igreja a viver uma conversão institucional e relacional, resolvi compartilhar com vocês algumas das minhas anotações da aula. Sim, minhas anotações de aula, não é um texto que parei para redigir especialmente para publicar aqui.
A Igreja sinodal é:
mais transparente;
que cuida de seus membros;
onde há igualdade de dignidade e voz;
“A medida da nossa sinodalidade, é também a medida da nossa transparência!”
“Quem valoriza a sinodalidade, valoriza a prevenção de abusos.”
Prestar conta é lembrar-se de que sua autoridade não é absoluta, mas confiada pela Igreja para o bem do povo, para um fim pastoral e que tem limites.
Quantas boas vocações perdemos porque sofreram pressões ou abusos daqueles que utilizam da sua autoridade e cargo para causar escândalo com seu modo de viver e gerir as coisas da Igreja?
O clericalismo dos leigos é mais preocupante do que o do clero.
Respeitar o clero é diferente de amá-lo, amar pressupõe falar a verdade sobre o que vemos. As coisas demoram muito para chegar nas autoridades e quando chegam o dano já está avançado.
É preciso que haja uma conversão dos processos, conversão institucional e relacional.
A credibilidade do anúncio não está separada da credibilidade da Igreja.
Quanto mais credibilidade para a Igreja, mais credibilidade para o anúncio.
Devemos colaborar com a credibilidade da Igreja.
Chega de falsos silêncios, chega de se calar!
É preciso que os bons se unam, compartilhem informações e combatam os sem-vergonhas, que eles sejam desmascarados!
É preciso desmascarar os abusos econômicos e por aí poderíamos esvaziar o poder de alguns que não são bons.
Menos abuso econômico levará a menos abusos em outros âmbitos.
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