top of page

Os abusos na vida da Igreja e a necessidade de formação específica





Nos últimos anos tem se intensificado na Igreja os esforços na prevenção e combate aos abusos sexuais e não-sexuais. O Santo Padre tem insistido na ideia de que

“Cada membro da Igreja, de acordo com o seu estado, é chamado a assumir a responsabilidade de prevenir abusos e de trabalhar pela justiça e pela cura” (Papa Francisco aos membros da Pontifícia Comissão para a tutela dos menores, abril de 2022).

É preciso que cada um se pergunte, individualmente e como instituição, que papel tem desempenhado na prevenção e combate aos abusos em ambiente eclesial. Aqui é válido ressaltar que quando se fala em “abusos na Igreja” não é apenas de abusos sexuais que se está falando, os outros tipos de abusos, a saber: de poder, de consciência, espiritual e econômico, nunca devem ser ignorados ou qualquer trabalho de prevenção e combate será ineficaz.

O primeiro passo para ser agente de transformação é conhecer a realidade e perceber-se imerso numa cultura de abusos, onde eles são favorecidos e ocorrem de forma sistêmica e progressiva, para então poder questionar-se sobre os meios para fomentar uma cultura dos bons tratos e caminhar rumo a sua consolidação rompendo com os ciclos e circunstâncias onde abusos são tolerados e, em alguma medida, até incitados.

Para que novos caminhos sejam trilhados, a formação específica sobre o tema é de suma importância. Um assunto que quanto mais ignorado ou silenciado mais se desenvolve precisa ser colocado, com urgência, na pauta dos itinerários da formação inicial e permanente e da vida pastoral - junto aos leigos! - de modo claro e insistente.

Os escândalos que a Igreja tem enfrentado quanto a existência dos abusos sexuais e não-sexuais em seus ambientes não pode ser visto como um mal vergonhoso a ser escondido, é um mal, sim, uma enorme ferida, mas que deve ser tratada para ser regenerada e o modo mais eficaz de começa o tratamento é através da conscientização sobre o tema. Esse mal precisa ser enxergado, como tudo aquilo que Deus permite que aconteça, como um meio para a maior glória de Deus e santificação das pessoas.

Os escândalos dos abusos ao interno da dinâmica eclesial são uma ocasião, uma excelente oportunidade, para que toda a Igreja se questione sobre que tipo de testemunho cristão ela está dando quando se silencia diante de relações em que as pessoas se servem umas das outras conforme suas carências, desordens ou falhas de caráter, bem ao contrário do ensinamento de Jesus que se colocou como servo de todos.


Alguns temas sugeridos para iniciar um caminho de conhecimento e aprofundamento sobre a realidade dos abusos na vida da Igreja:

· Relações abusivas e seu antagonismo com a antropologia cristã;

· Contextualização histórica e geográfica da realidade dos escândalos de abusos sexuais na Igreja Católica;

· Formação permanente ou deformação permanente, uma escolha necessária;

· Mediocridade, um vírus que destrói a Igreja;

· Gênese de um escândalo: o papel da sexualidade na vida do celibatário;

· Dinâmica de um escândalo: 5 passos para se tornar um abusador;

· Percepções teológicas que favorecem a cultura de abusos;

· Abusos na formação;

· Tipos de abusos: de poder, de consciência, espiritual, econômico e sexual.



Para assessorias, entre em contato: contato@prevencaodeabusos.com.br

Comentários


bottom of page