Fuga, silêncio e oração parecem ser tudo o que menos tem a ver com a atualidade, talvez por isso sejam tão necessários. Como viver numa cultura dispersa, hedonista, materialista e individualista e ser santo? A espiritualidade dos padres do deserto pode colaborar muito com isso.
O caminho do deserto é o que conduz à solidez, à profundidade e ao crescimento, ele propõe 3 elementos da vida no Espírito que podem impedir que a pessoa seja moldada pela mentalidade do mundo.
FOGE! É na solidão que a pessoa se encontra com o seu verdadeiro eu e com Deus, é onde cresce a lucidez, a sabedoria, a maturidade, onde se distancia da confusão exterior, dos julgamentos, das projeções, da correria e da cobrança. Quando se renuncia às coisas e às pessoas e se opta pela presença de Deus é possível no próprio nada encontrar o Tudo.
SILÊNCIO! Isolar-se e se manter inquieto não é solidão. É pelo silêncio que a solidão se completa e torna fecunda, ele afasta-nos do pecado e guarda o ardor espiritual.
REZE! A solidão e o silêncio não são finalidades, mas meios para que a oração aconteça de modo mais verdadeiro e profundo. Toda a vida espiritual é sempre ordenada à comunhão com Deus e a oração é a situação, por excelência, dessa comunhão.
Ao falar sobre a oração, o São Francisco de Sales recomenda que cada pessoa descubra dentro de seu próprio coração um local de silêncio e solidão para que aí aconteçam encontros com Deus em meio as mais diversas obrigações cotidianas. Ele também ensina sobre o grande valor de rezar pequenas orações nascidas de modo espontâneo no coração que se volta a Deus ao longo da jornada, dirigindo a ele seus afetos, suas preocupações, recorrendo ao seu socorro...
É a partir dos exercícios cotidianos de silêncio e solidão, que a pessoa conseguirá manter seu coração na presença de Deus ainda que esteja em locais barulhentos e cheios de gente. Não existe fórmula mágica, é exercício cotidiano.
Por isso, te digo: Quer levar uma vida cotidiana na presença de Deus? Tenha momentos de solidão e de silêncio!
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